Antes da muda ir ao solo para virar uma árvore na restauração, é preciso selecionar matrizes genéticas, coletar e beneficiar as sementes, escolher a melhor forma de germinação e só depois ela estará pronta e forte para criar raízes no solo degradado. Para melhorar esse processo e atingir melhores resultados no plantio durante a recomposição florestal, a Ecoporé realizou e participou junto com pesquisadores do Jardim Botânico de Nova York (NYBG), da Permian e Universidade Federal de Rondônia (UNIR) o curso de “Coletas e identificação de amostras botânicas para o monitoramento e restauração Florestal”.
E o local para a realização do curso também foi estratégico, o encontro aconteceu na Reserva Extrativista (RESEX) Estadual Rio Cautário, dos dias 17 a 22 de outubro. Participaram da formação os comunitários da RESEX, monitores e técnicos envolvidos com manejo florestal, restauração, monitoramento e crédito de carbono.
O objetivo principal do curso era ensinar a comunidade e profissionais das instituições parceiras, a maneira e metodologias adequadas para coleta e armazenamento das sementes, e também, como e o que observar em uma amostra botânica para que haja uma correta identificação da família, gênero e espécie da amostra coletada.
Essas identificações de forma correta ajudam as instituições, como a Ecoporé, que atuam com restauração, porque aprofunda os conhecimentos sobre a flora local, para que haja uma seleção de espécies mais adaptadas ao microclima e a condições morfológicas locais.
“Como engenheiro florestal, posso afirmar que o curso de coletas e identificações botânicas é fundamental para o monitoramento e restauração florestal. O conhecimento sobre as espécies vegetais presentes em uma determinada área é essencial para a realização de um diagnóstico preciso da situação e para a escolha das melhores estratégias de restauração."
Além disso, a identificação correta das espécies é importante para o acompanhamento da evolução da floresta ao longo do tempo e para a avaliação dos resultados das ações de restauração”, conta Romas Pereira da Silva, colaborador da Ecoporé, que participou da formação.
Dentre alguns tópicos abordados durante o curso, alguns principais foram a diversidade na Amazônia, características marcantes para as principais famílias da flora amazônica e quais são as Chaves de Identificação botânica.
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