Aproximadamente 80% dos participantes eram mulheres. Coletores Paiter Suruí também aproveitaram para vender cerca de meia tonelada de sementes para a Reseba
A presença feminina foi destaque na terceira formação de coletores de sementes, que aconteceu na aldeia Lapetanha na Terra Indígena Sete de Setembro, entre os dias 05 e 06 de setembro. Dos 61 participantes, 48 eram mulheres (cerca de 80%) . A atividade também foi marcada pela diversidade geracional do público, que reuniu desde adolescentes até idosos.
Realizada pela Ecoporé e financiada pela The Caring Family Foundation, a formação faz parte do projeto REGENERA, cujo objetivo é promover a agricultura regenerativa justamente por meio da inclusão das mulheres nas cadeias socioprodutivas da bioeconomia.
Esta foi a segunda formação na aldeia Lapetanha, uma demanda indígena após o sucesso da primeira formação. Anteriormente, também houve uma formação em agosto na aldeia Apoena Meireles, no Mato Grosso. O projeto também prevê formações nos territórios dos povos Kaxarari, Karitiana e Pacaás Novas.
Uma vez que as coletoras e os coletores participam das formações, eles podem se cadastrar na Rede de Sementes da Bioeconomia Amazônica (Reseba). Segundo Geisiane Hell, analista ambiental que ministrou a formação ao lado da gerente de sementes e engenheira florestal, Aline Smychniuk, indígenas Suruí venderam 419 quilos de sementes durante a terceira formação na Lapetanha. As sementes serão usadas em projetos de restauração e agricultura regenerativa realizados pela Ecoporé, que utilizará em 2024 mais de 45 toneladas de sementes para produzir mudas e plantios diretos de sementes a partir de muvucas.
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