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Ecoporé e UNIR avançam com o Programa Ciência Cidadã na pesca esportiva em Rondônia, dentro da Aliança Águas Amazônicas

Nos dias 5 e 6 de julho, em Jaci Paraná, cerca de 30% dos cadastros previstos de pescadoras e pescadores esportistas foram realizados durante a primeira etapa do campeonato Elas Pescando, em Rondônia. Ao total, 15 “atletas-cientistas” foram captados pelo projeto. A ação integra o Programa Ciência Cidadã da Aliança Águas Amazônicas, executado em Rondônia pela Ecoporé e pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), por meio do Laboratório de Ictiologia e Pesca (LIP), com apoio da Wildlife Conservation Society (WCS) e Fundação Gordon and Betty Moore.

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O programa busca envolver quem pratica a pesca esportiva na geração de dados sobre os peixes e os ambientes aquáticos da Amazônia. Até então com foco em pescadores e pescadoras artesanais, o monitoramento agora se expande para o universo da pesca esportiva, que envolve capturas por lazer e não por subsistência.


Durante o evento, a equipe da Ecoporé e do LIP/UNIR distribuiu réguas de medição

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e orientou pescadoras e pescadores sobre como registrar os peixes capturados, informar o tamanho e a espécie. Cada dado coletado ajuda a construir um retrato mais detalhado sobre a fauna aquática local, e auxilia na contribuição de pesquisas e políticas públicas.


“Agora, o programa se estende aos praticantes da pesca esportiva. É uma forma de ampliar o monitoramento pesqueiro com quem já vive o rio no dia a dia. Isso é ciência cidadã: envolver a sociedade na produção de conhecimento e fortalecer futuras políticas públicas”, afirma Ana Paula Albuquerque, coordenadora do programa.


Samara dos Santos, bolsista do Laboratório de Ictiologia e Pesca da UNIR, explica como a participação de pescadoras e pescadores esportistas fortalece o monitoramento dos rios.


“Há algum tempo trabalho com pescadores e pescadoras esportivas, e agora buscamos envolver os pescadores como cientistas cidadãos, a ideia é que eles possam contribuir com a coleta de dados e com o acompanhamento do ambiente de forma participativa, o que une a prática da pesca esportiva com a pesquisa científica” destacou.


Elas pescando

O campeonato Elas Pescando destaca a presença de mulheres na pesca esportiva em Rondônia, se torna também um espaço de troca de informações, escuta e formação. O trabalho desenvolvido durante o evento marca o início do mapeamento da pesca esportiva no estado, uma conexão de lazer, ciência e políticas públicas.


A participação é simples: pescadores e pescadoras registram suas capturas durante a atividade de pesca, como explica a analista socioambiental do programa, Dayana Cattaneo.

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“Ao sair para pescar no fim de semana, por exemplo, cada captura realizada se transforma em dado científico. Essas informações — como espécie, tamanho, peso e local de ocorrência — podem ser enviadas à equipe por fotos, vídeos ou anotações. Esses dados alimentam o monitoramento pesqueiro participativo e contribuem para a formulação de políticas públicas voltadas à pesca na região”, pontua.


Dessa forma, a pesca praticada se transforma em conhecimento, beneficia tanto a pesca esportiva quanto a pesca profissional.


As ações do programa seguirão presentes nas próximas etapas do campeonato para a realização de novos cadastros.

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