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Ecoporé reforça preparo técnico e institucional para levar restauração às propriedades rurais

Em meio aos avanços das ações de restauração ecológica na Amazônia, a Ecoporé tem apostado cada vez mais em momentos de fortalecimento interno. Um exemplo disso foi o recente Alinhamento Institucional, que reuniu profissionais de diferentes áreas para reafirmar o compromisso com a qualidade técnica e com os territórios atendidos.



Equipe da Ecoporé recebe alinhamento no Centro de Inovação em Restauração de Ecossistemas Amazônicos, em Rolim de Moura
Equipe da Ecoporé recebe alinhamento no Centro de Inovação em Restauração de Ecossistemas Amazônicos, em Rolim de Moura

Segundo Flávio Santos, gerente de Inteligência Territorial, encontros como esse são estratégicos para “manter o padrão do trabalho que a gente tem executado e também reafirmar os compromissos institucionais com o público atendido, com as comunidades, com os territórios e com a manutenção da floresta em pé, que é o nosso principal propósito”.



Flávio Santos, gerente de Inteligência Territorial, ministra palestra aos extensionistas rurais
Flávio Santos, gerente de Inteligência Territorial, ministra palestra aos extensionistas rurais

Na prática, o objetivo é alinhar o conhecimento técnico às necessidades do campo. Como destaca a engenheira florestal Cemilla Carmo, é essencial entender os objetivos institucionais para traduzi-los em ações concretas: “A gente tem que estar alinhado com a instituição para levar esse processo e essas metas para o campo. Está aqui para aprender e fazer o repasse, e nesse repasse, a gente procura melhorar a vida dos produtores”.


A engenheira agrônoma Sueli Barbosa reforça esse papel dos extensionistas: “A gente atende muita gente, e esse é o momento de todo mundo junto entender como a Ecoporé funciona, quais são os benefícios que estamos levando aos agricultores”. Para ela, o intercâmbio de experiências e a troca de saberes entre os profissionais deve acontecer com frequência.


Na avaliação do engenheiro agrônomo Wamberto Mendeiro, esse tipo de iniciativa traz impactos diretos para o dia a dia das famílias: “Você leva a restauração para a propriedade e vai mudando a vida do produtor. Produtores que passaram por déficit hídrico, por exemplo, agora mantêm a capacidade hídrica da propriedade, garantindo sustento para a família”.


O Alinhamento Institucional evidencia que, por trás de cada muda plantada e nascente recuperada, existe uma equipe em constante preparação — estudando, escutando e adaptando-se para que a floresta em pé também seja um caminho de desenvolvimento para quem vive da terra. A engenheira florestal Geisi Andrade destaca o papel transformador da extensão rural: “A gente vai para auxiliar e tentar melhorar um pouco mais o que eles já fazem”.


Esses esforços se conectam com a longa trajetória da Ecoporé em restauração ecológica e assistência técnica na região. Um dos marcos dessa atuação é o Projeto D’Alincourt, iniciado em 2007, com apoio de 151 propriedades rurais. A proposta buscava identificar matrizes de sementes e restaurar nascentes em uma área de 120 hectares no igarapé D'Alincourt. Em 2013, o projeto foi expandido para mais 59 propriedades, e estudos com geotecnologia analisaram a dinâmica da vegetação de 2005 a 2021.


É o que lembra Marcos Afonso da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a parceria com a Ecoporé tem sido um processo de aprendizado mútuo: “No início, houve resistência, como acontece com tudo que é novo. Mas hoje os mesmos agricultores reconhecem e agradecem. O volume de água que têm em suas propriedades mudou a realidade deles”.


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