Iniciativa da Ecoporé e Lip - Unir, aplicativo IctioAudio é apresentado ao Ministério da Pesca como ferramenta de monitoramento participativo na Amazônia
- Joshua Lacerda
- 4 de ago.
- 2 min de leitura
A Ecoporé e o Laboratório de Ictiologia e Pesca da Universidade Federal de Rondônia (LIP/UNIR) apresentaram neste mês de agosto de 2025 ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em um encontro online, o IctioAudio — aplicativo de auto-monitoramento da atividade pesqueira desenvolvido como parte do Programa Ciência Cidadã da Aliança Águas Amazônicas.

A ferramenta é fruto de uma iniciativa construída diretamente com pescadores da Bacia Amazônica, com base em escuta ativa e uso de tecnologias simples e acessíveis.
A apresentação ocorreu durante reunião com a Secretaria Executiva do MPA, reuniu representantes do programa e da equipe técnica responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. O encontro teve como objetivo compartilhar os avanços da ferramenta e os aprendizados gerados a partir da sua implementação em campo.
Carolina Dória, integrante da equipe técnica do Ministério da Pesca e ex-coordenadora do Programa Ciência Cidadã em Rondônia foi quem iniciou a apresentação. Ela destacou a importância do aplicativo e a necessidade de realizar ajustes com base nas demandas observadas em campo.
Na sequência, Ana Paula Albuquerque, atual coordenadora do programa em Rondônia, reforçou o papel central dos pescadores na construção participativa da ferramenta, dentro de uma abordagem de ciência cidadã, e pontuou a relevância de incorporar o retorno dos usuários no aprimoramento contínuo do sistema.
“Esse aperfeiçoamento vem dos usuários, da metodologia, da oportunidade que agora se apresenta com esta ferramenta. Monitorar a pesca é também entender a biodiversidade aquática, a saúde do ambiente e criar políticas públicas para sua manutenção”, afirmou Ana Paula.

Miguel Zamberlan, desenvolvedor do aplicativo, apresentou os principais aprimoramentos do IctioAudio: interface simplificada, gravação de áudio e vídeo, funcionamento offline e envio automático dos dados com conexão.
Ele também explicou o fluxo das informações geradas e o potencial de uma plataforma web acoplada, que permitirá a visualização analítica dos registros feitos pelos próprios pescadores.
A apresentação foi recebida com interesse pela equipe do Ministério, o que demonstra abertura para diálogos que valoriza iniciativas territoriais e abordagens participativas na formulação de políticas públicas para a pesca na Amazônia.
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