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Onça-pintada é flagrada em área de restauração na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho

O registro foi feito por armadilha fotográfica instalada como parte do protocolo de monitoramento de biodiversidade nos projetos de restauração ecológica da Ecoporé


O flagrante reforça o papel das áreas restauradas na reconexão de habitats e no retorno da fauna nativa.
O flagrante reforça o papel das áreas restauradas na reconexão de habitats e no retorno da fauna nativa.

Uma armadilha fotográfica instalada próxima a uma área em processo de restauração ecológica na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia, registrou a presença de uma onça-pintada (Panthera onca). A instalação faz parte das atividades de monitoramento das áreas de restauração do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, realizadas pela Ecoporé em parceria com a Conservação Internacional do Brasil.


A iniciativa visa acompanhar a resposta da fauna silvestre em áreas sob restauração ativa. Para isso, foi utilizado o protocolo avançado de monitoramento de mamíferos e aves, adaptado do Programa Monitora, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O método adota a metodologia do Protocolo Tropical Ecology Assessment & Monitoring Network (TEAM), com instalação de câmeras em pontos distribuídos a cada 2 km². Os equipamentos permanecem no campo por 30 a 40 dias, registrando automaticamente os animais que cruzam seu campo de visão.


A presença de uma onça-pintada é considerada um relevante indicador ecológico, pois se trata de um predador de topo de cadeia alimentar, que depende de áreas extensas e bem conservadas para sobreviver. o registro também contribui para compreender como espécies sensíveis respondem a recuperação de habitats degradados.


Anta (Tapirus terrestris) registrada em área de restauração na Flona Bom Futuro.
Anta (Tapirus terrestris) registrada em área de restauração na Flona Bom Futuro.

Além da onça-pintada, foram documentadas outras espécies classificadas como ameaçadas pela Lista Vermelha da IUCN, como o porco-do-mato-queixada (Tayassu pecari), macaco-aranha (Ateles chamek), anta (Tapirus terrestris), tatu-canastra (Priodontes maximus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), azulona (Tinamus tao), jacamim-de-costas-verdes (Psophia viridis), entre outros. Neste 28 de julho, Dia Nacional da Conservação da Natureza, o registro reforça a importância de restaurar ecossistemas e monitorar sua recuperação como parte dos esforços pela proteção da biodiversidade na Amazônia.


Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Projeto Paisagens Sustentáveis visa contribuir com a restauração e conservação. A iniciativa é implementada pelo Banco Mundial e coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. A execução é realizada pela Conservação Internacional, Funbio e FGV, em parceria com a Sedam/RO, Emater/RO, ICMBio e outras instituições.


Vista aérea da Floresta Nacional do Bom Futuro
Vista aérea da Floresta Nacional do Bom Futuro

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